A vida na ilha: Caiçaras no desafio da redução da ‘pegada ecológica’
O dia começa e a equipe de manutenção dá início à coleta dos resíduos para levar para o Ecoponto. Esse é só o primeiro passo de uma rotina que envolve compostagem dos resíduos orgânicos para transformação em adubo; troca de resíduos recicláveis por desconto na fatura de energia elétrica; compra de energia limpa de uma empresa especializada, gerando créditos na conta de luz; coleta de lixo eletrônico e pilhas para descarte responsável e economia de papel, dentre outras ações adotadas no Caiçaras.
Essa história de redução da chamada “pegada ecológica” do clube, isto é, de seu impacto sobre os recursos naturais, começa com o nome de uma sócia: Beatriz Pantaleão. Com uma trajetória ligada ao terceiro setor – Bia é uma das instituidoras da Fundação Gol de Letra, que hoje é referência em educação e esporte no país – e tendo morado em diversos países onde a reciclagem é mais evoluída, em 2022, ao se tornar conselheira do clube, procurou o então comodoro Victor Polonia para sugerir a criação de um Plano de Sustentabilidade. Hoje é diretora da área.
“O Caiçaras acabou sendo pioneiro dentre os clubes do Rio de Janeiro nesta temática e fico muito feliz, porque comecei a plantar uma sementinha na cabeça não somente dos associados, mas também dos funcionários do clube. Quando fui visitar o sítio do Ciclo Orgânico em Duque de Caxias, onde é feita a nossa compostagem, o Jorge Carvalho (Gerente de Manutenção) e o Luiz Mário (Assistente de Comunicação) foram comigo e se tornaram grandes entusiastas do projeto. Assim, esse ciclo continua”, diz ela.
Bia, que atualmente faz uma pós em Sustentabilidade na FGV, conta que todos os funcionários participaram de um treinamento. Assim, cada vez mais pessoas repensam seus hábitos.
“São pequenas ações que despertam a consciência sobre a preservação do planeta. E o que um dia pareceu um ‘bicho de sete cabeças’, hoje vai no automático para nossas equipes”.
Na foto, Luiz Mário, Bia Pantaleão, e Jorge Carvalho