A VIDA NA ILHA – Tal filho, tal mãe: quando o esporte conquista a geração anterior
Costuma-se dizer que o amor pelo esporte se passa de pai para filho. E por que não o inverso: que tal filhos encaminhando mães e pais para um estilo de vida com mais saúde física e mental? No Caiçaras, temos alguns exemplos, começando pela vela.
Foi um de nossos mais proeminentes jovens atletas da categoria Optimist, Felipe Freitas Campani, atualmente com 15 anos, que trouxe sua mãe, Lucy Freitas, para as aventuras sobre as águas. E ela não está sozinha:
“Somos 5 adultos nas aulas de Dingue, sendo que 3 são mães de atletas velejadores, inclusive a capitã de nossa equipe”, ressalta Lucy, que começou a acompanhar Felipe porque muitas competições eram fora do Rio e, hoje, ela é VC de Náutica do Caiçaras.
Lucy conta que Felipe entrou na colônia de vela em 2021, por causa da pandemia; emendou com a escolinha de vela em 2022 e, na sequência, entrou para a Flotilha de Optimist. Já ela começou as aulas de Dingue em março deste ano, quando houve a transição da antiga empresa para a CL Vela:
“O Lula (da CL Vela) tem muito know-how, ótima estrutura didática e preparo técnico. Acabei descobrindo muitos benefícios do esporte. A vela estimula a agilidade de raciocínio e de atitude. A beleza das águas é o que mais me atrai, mas também a segurança, porque, ao contrário de velejar na Baía de Guanabara, você está resguardado na Lagoa. É quase uma meditação para mim. Tenho meu trabalho, meus afazeres domésticos, as responsabilidades com meu filho. Então, é um momento que entro em contato com a natureza e comigo mesma”.
Lucy conta que a vela se tornou mais um momento de parceria para mãe e filho:
“Nós jogamos tênis e beach tennis juntos, treinamos corrida; então, o fato de eu ter me inserido num esporte que era dele, foi muito tranquilo. É um momento de lazer, de trocar ideias, para não ficar só na parte das cobranças: “Filho, estuda! Come! Dorme! Larga o videogame!”, diverte-se a VC de Náutica.