5 de novembro de 2018

Arnaldo Cezar Coelho e seu carinho pelo Caiçaras

Arnaldo com o filho, o neto e o Comodoro, Victor Polonia (à direita)

Conhecido por todo brasileiro pelo bordão “a regra é clara”, o árbitro, comentarista de futebol e empresário Arnaldo Cezar Coelho é sócio do Caiçaras desde os anos 1970.

“Como sempre vivi na Zona Sul, ia, às vezes, ao Caiçaras jogar futebol com amigos. Mas antes eu morava em Copacabana. Somente quando me mudei para a Lagoa que fiquei sócio. Isso foi entre 1974 e 1975. Um amigo que tinha o título estava de mudança para a Barra e eu aproveitei para comprar. Naquele momento fazia sentido virar sócio, porque eu podia ir ao clube de bicicleta”, lembra.

Arnado fez do Caiçaras a extensão de sua casa. “Meus filhos jogavam tênis, frequentavam a piscina. Minha esposa também fazia uma série de atividades, como natação e ioga. Eu mesmo vinha para jogar e fazer algumas refeições”, conta. Ele revela que é sócio de outros clubes do Rio também, mas que o Caiçaras é o que mais frequenta. “O lugar é lindo, tem tudo o que é preciso”, diz.

Ele lembra com saudosismo da época em que os filhos frequentavam festas para adolescentes no Bar da Piscina. “Era o point da garotada. Sinto falta disso, dessa energia. Acho que temos que criar o hábito de frequentar o clube nessa idade, porque se o jovem não for para o clube agora, não vai no futuro”, avalia.

Placa em homenagem ao sócio

Recentemente, Arnaldo foi homenageado na partida inaugural da pelada infantil de sábado, batizada de “A regra é clara: diversão, saúde e amizade!”, e estava acompanhado do filho e do neto. “Meu netinho aproveita muito o play do clube, porque ainda é pequeno e tudo é só brincadeira. Mas, logo, vai entrar na natação”, afirma.

Novo ciclo – Arnaldo começou a apitar profissionalmente em 1964. Foi juiz da Fifa e o primeiro não-europeu escolhido para apitar uma final de Copa do Mundo, em 1982. Nesta Copa, realizada na Espanha, a seleção brasileira dos sonhos – de Falcão, Sócrates, Cerezo e Zico, comandados por Telê Santana – era a franca favorita ao título, mas foi desclassificada pela Itália. Aos brasileiros, restou uma satisfação: ver ao menos um brasileiro na final, Arnaldo, apitando a partida.

Em 1988 se aposentou dos gramados, e, no ano seguinte, estreou como comentarista de arbitragem da Globo, onde comentou todas as Copas, além de Olimpíadas, ao lado do narrador Galvão Bueno.

No final da Copa de 2018, anunciou sua aposentadoria dos jogos. “É mais um ciclo da vida. Fui árbitro por 25 anos. Parei de apitar e fiquei mais 30 anos na Globo. Agora, é hora de entrar em um novo ciclo. Sigo como empresário do ramo financeiro e das comunicações, mas o futebol chegou ao fim. Fico até dezembro na Globo, que é quando acaba meu contrato”, diz.

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