Caiu na rede: o salto de popularidade do futevôlei
Uma fusão de duas paixões nacionais, o futevôlei está na crista da onda. No Caiçaras, a escolinha é comandada por um dos grandes pioneiros do esporte – Renato Adnet, o Dunga – e conta com turmas de adulto e de adolescentes. Entrevistamos o professor, que falou sobre a atividade que alia condicionamento físico, movimentos quase acrobáticos e habilidades como tempo de bola e colocação em quadra.
Por longos anos, Dunga esteve entre os 10 melhores jogadores do país. Foi pioneiro ao fundar a primeira escolinha do mundo – a Clínica de Futevôlei by Dunga –, em 1996, na Praia de Ipanema, e também ao fundar a primeira Federação do esporte, a FUTERJ – Federação de Futevôlei do Estado do Rio de Janeiro, da qual é presidente. Desde 2017, a Clínica de Futevôlei by Dunga está também no Caiçaras.
Até mesmo na criação de uma bola de futevôlei Dunga foi pioneiro: em 2019, desenvolveu junto com a Penalty o modelo FTV60, que foi a bola oficial do último Mundial realizado no Rio, em 2021.
Nos últimos anos, embalada pela pandemia e pela intensa busca por atividades ao ar livre, a procura pelo futevôlei cresceu ainda mais. Para desafiar os alunos, no Caiçaras, todo ano acontece um campeonato, com adolescentes e adultos formando equipes em duplas, trincas ou quadras.
“As competições são importantes especialmente para os adolescentes. Além de promover disciplina, tem toda a adrenalina da disputa e essa é uma bagagem importante”, diz.
Para jogar futevôlei, não há pré-requisitos, mas ajuda se o aluno tiver preparo físico. Dunga, que está com 60 anos, destaca que uma das vantagens é que o trabalho na areia bem aplicado minimiza as lesões musculares e os problemas articulares.
“Precisa ter apenas muita disposição, porque um esporte praticado na areia exige muita perna e pulmão. O resto é com a gente”, diz.