2 de fevereiro de 2022

Fernando Polonia – um vencedor! Carta dos filhos Victor e Sandra

Se aquele português, antes de embarcar no navio Vera Cruz numa viagem definitiva para o Brasil, quando tinha apenas 23 anos e o ensino fundamental, tivesse escrito uma lista de sonhos a serem realizados em sua nova terra, nós hoje diríamos que papai a cumpriu de “A a Z” e ainda excedeu com sobras.

Algumas características pessoais o fizeram alcançar este sucesso. Papai não apenas sonhava, mas ia atrás de realizar os sonhos; não resmungava, mas sim trabalhava arduamente; não contemplava, mas sim empreendia; não invejava, mas sim admirava e amava; não esmorecia, mas sim lutava; não se intimidava, mas sim enfrentava.

Com isso no DNA, chegou ao Brasil para trabalhar em lojas de parentes, empreendeu, se tornou um comerciante de sucesso e formou sua família, junto com seu grande amor, Jacy. Já com mais de 40 anos, fez o supletivo, se formou em economia, foi presidente da Associação Comercial de Copacabana, Grande Benemérito do Clube de Regatas Vasco da Gama, Comodoro e Benemérito do Caiçaras, além de participar de inúmeros conselhos de associações de classe, filantrópicas e comunitárias. Por sua longa lista de serviços comunitários, foi agraciado pela Câmara de Vereadores com o título de Cidadão Honorário do Rio de Janeiro e com a medalha Pedro Ernesto.

Ele tinha um profundo senso de cidadania. Participou de diversas organizações da sociedade civil, com o firme intuito de construir um ambiente melhor, fosse no condomínio, nos clubes ou no bairro onde morava.

Apesar de ser extremamente exigente, firme e dono de uma coragem admirável, era ao mesmo tempo amável, gentil, prestativo e generoso ao extremo. Mesmo debilitado, nos últimos anos, não deixava de perguntar se precisávamos alguma coisa e de se oferecer para ajudar no que pudesse.

Papai tinha cinco grandes paixões que, além do trabalho, eram suas prioridades: a família, os (muitos) amigos, Copacabana, o Caiçaras e o Vasco. A elas, dedicava todo o seu tempo disponível de forma abnegada e altruísta.

Papai era, de fato, um fazedor de amigos. E os amigos, velhos ou novos, eram para a vida inteira. Aos amigos, tudo! Acolhia os nossos amigos com grande satisfação. Gostava da casa cheia e de conviver com os mais novos. Adorava uma boa aglomeração.

Apesar da enorme tristeza com a sua partida, só temos que agradecer ao Pai de todos o grande privilégio que nos foi dado de poder conviver, por mais de 60 anos, quase que diariamente, com um ser tão especial e poder aprender com seus ensinamentos e exemplos de atitude, ética, generosidade, amor e paixão.

Muito obrigado, papai! Fique em paz, pois tudo que você plantou com tanto amor e carinho certamente dará boa colheita!

Victor Polonia e Sandra Polonia Rios.

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