Histórias de vida: Pellicano é lenda do futebol de areia
Recentemente, o ex-jogador Paulo Cezar Caju relembrou em coluna no jornal O Globo dos bons tempos do futebol de areia do Rio de Janeiro, em meados dos anos 1960 (clique aqui para ler o texto). E entre as lendas da época, citou a famosa dupla de zagueiros formada por Pedro Pellicano e Fernando Canolongo, as “muralhas” do Copaleme que faturaram o torneio carioca de 1965.
Pellicano é sócio do Caiçaras desde 1975 e contou ao site um pouquinho sobre a sua história.
Ele jogou na praia pelo Copaleme, clube do bairro do Leme, onde morava, por dez anos. Foi lá que ganhou o lendário torneio de 1965, por a 2 a 1 sobre o Lagoa. Depois, Pellicano teve passagens pelo Yankee, também do Leme, e pelo Guaíba, da Urca. No futebol de campo, jogou pelo juvenil do Botafogo.
Parou de jogar por conta de um desgaste no joelho e, atualmente, aos 75 anos, pedala diariamente do Leblon ao Arpoador e joga tênis no Caiçaras. “Jogo de dupla, aos finais de semana. Depois da partida, sentamos no ombrelone para tomar cerveja e papear”, revela.
O Caiçaras faz parte da vida de Pellicano desde 1975, quando ele se mudou com a esposa do Leme para o Leblon. “Nessa época, casei e tive filhos. O clube foi onde meus filhos cresceram. Faziam todas as atividades, futebol, natação, parquinho”, lembra.
Discreto, ele faz questão de frisar que não é o único destaque do futebol entre os sócios: “O clube tem um outro jogador, que é o ex-Comodoro José de Brito Freire Filho, que jogava society”, entrega.
Sobre o atual cenário do futebol de areia, ele diz saber muito pouco: “Hoje não acompanho. Dizem que quase nem existe mais, não como antigamente”. E recorda com saudosismo: “Sábado à tarde era um campo ao lado do outro, a areia da praia tomada”.