Clube dos Caiçaras

Cintia Knoth foi a primeira velejadora brasileira a participar de uma Olimpíada. Formada em Educação Física, coleciona títulos de windsurf e de 470. Luiz Evangelista, o Lula, também educador físico, tem larga experiência didática no mundo da vela: iniciou sua carreira de professor no Club Med, em Israel, atuando também no Mediterranée do Brasil. Foi técnico da equipe Brasileira de Vela da Classe Optmist e costuma caçar talentos entre seus alunos da Marina da Glória e do Iate Clube do Rio de Janeiro.

Pois agora, vai caçar talentos também no Caiçaras: a CL Vela, empresa da qual Cintia e Lula são sócios, passa a coordenar as atividades náuticas do clube a partir deste mês – as aulas começam no sábado que vem, dia 6 de abril.

Lula começou a velejar na infância. Participou de campeonatos nacionais e internacionais. Depois de se formar em Educação Física, percebeu na vela um nicho para professores com formação profissional. Há 34 anos, firmou a parceria com Cintia.

Juntos, eles desenvolveram o Projeto Grael, que se baseia no princípio de que o esporte da vela garante caminhos de socialização a partir da educação, dentre outros projetos sociais. A partir daí, montaram a sede da CL Vela na Marina da Glória e passaram a prestar serviços para clubes, com aulas de vela para crianças e adultos, habilitações em arrais amador, mestre amador, capitão amador e curso de praticante de prático.

A CL Vela já chegou a prestar serviços por 10 anos para o Caiçaras, na época do ex-Comodoro e Diretor de Vela Castelo Branco. Com o objetivo de resgatar essa tradição no esporte, foi convidada a voltar para dar as aulas de vela em turmas para crianças e adultos.

“Para quem quer iniciar na vela, o Caiçaras é o local perfeito, totalmente seguro, com instalações profissionais e barcos excelentes. Vamos começar as aulas num nível para que todos os associados e convidados, adultos e crianças, possam partir do zero. No segundo semestre, passamos para o nível avançado e logo em seguida, ingressamos nas competições, formando uma flotilha com os alunos dos níveis 1 e 2”, explica Lula.

O professor ressalta que o método da CL Vela inclui provas teóricas e práticas –  não no intuito de reprovar, mas de medir a qualificação e garantir a assiduidade. Existe um plano de aulas para cada dia.

“Acreditamos que é preciso ter metas, objetivos e prazos, se não, vira recreação náutica. Tem a hora do lúdico também, mas precisamos de objetivos para evoluir”.

A segunda aula da turma infantil, ele conta, será realizada na piscina: a criança vai aprender a virar e desvirar o barco, tirar a água e continua a velejar.

“Queremos ver crianças e adultos saírem muito satisfeitos das aulas. Somando segurança e satisfação, não tem como não aprender”.