Sócios engajados em questões ambientais
A preocupação ambiental entrou, definitivamente, no radar da sociedade e, na comunidade Caiçaras, não seria diferente. Conversamos esta semana com dois sócios que têm em comum a juventude e a vontade de fazer diferente, de atuar na sociedade com um olhar especial para as questões do planeta. Confira:
Maria Clara Parente
A jornalista e sócia do Caiçaras Maria Clara Parente apresentou a série de reportagens Web Colaborativa, nas quais abordava temas sobre economia colaborativa, dentre os quais muitas iniciativas de reaproveitamento do lixo. Atualmente, está engajada em um novo projeto: This is not the truth, que “nasceu” durante um curso na Schumacher College, faculdade na Inglaterra voltada para as ciências holísticas e a ecologia. “O curso que fiz explorava o comunicar sobre a crise global ganhando engajamento do público e não retração. A ideia do projeto é justamente comunicar de forma real, mas não alarmista, e desvendar os nossos padrões mentais que nos levam a tomar as mesmas atitudes e não querer mudar como sociedade”, explica.
Ao longo das experiências de trabalho, Maria Clara conta que vai encontrando histórias inspiradoras: “Um entrevistado dizia, quando criança, que queria ser lixeiro. Cresceu, foi para a faculdade e desenvolveu um projeto de coleta de material orgânico para transformar em adubo. Isso me fez pensar como, muitas vezes, quando estamos nos sentindo sem propósito no trabalho, vale a pena olharmos para o que nos fazia felizes quando crianças e tentar tirar ideias daí”, reflete.
As duas séries de reportagens, Web Colaborativa e This is not the truth podem ser vistas pelo Youtube.
João Lontra Cotrim
O sócio João Lontra Cotrim acaba de abrir uma peixaria que tem como mote “vender produtos de qualidade, respeitando a natureza”. Para isso, ele só trabalha com fornecedores artesanais, o que é um enorme incentivo social e econômico para as comunidades que vivem no Litoral.
“Trabalhamos com o pequeno pescador, aquele que passa de três quatro dias no mar e retorna com o peixe fresquinho. Além de a qualidade ser muito superior, o comércio praticado é mais justo”, afirma.
A pesca artesanal caracteriza-se como uma prática mais ecofriendly do que a produção industrial. A maioria das técnicas utilizadas por pescadores artesanais reduz a captura acidental de espécies e o consumo de combustível nas embarcações também é menor.