6 de abril de 2023

Ginástica Rítmica leve e divertida: entrevista com a ginasta e professora Katarina Passini

 

A ginástica rítmica do Brasil brilhou nas arenas do planeta em 2022. Num ano histórico, nossas meninas da GR colecionaram pódios e ótimas colocações nas principais competições internacionais. E, claro, encantaram milhares de pequenas ginastas brasileiras. Conversamos com Katarina Passini – ginasta, árbitra nacional e fundadora do Grupo Illusion, que coordena a ginástica rítmica do Caiçaras – sobre o treinamento da GR, um casamento perfeito entre a ginástica e o balé que se baseia na tríade corpo, música e aparelho.

Como foi sua trajetória na Ginástica Rítmica?

Conheci a Ginástica Rítmica somente aos 15 anos. Eu não parava em esporte nenhum, pedia sempre para trocar de modalidade, mas quando conheci a GR, me apaixonei. Me federei com 21 anos, na época, uma idade em que quase todas as ginastas estavam parando. Desde então, comecei a auxiliar minha antiga professora com crianças das turmas de iniciação. Foi aí que descobri uma paixão ainda maior. Resolvi fazer a faculdade de Educação física e o curso de arbitragem e tinha certeza de que era esse o meu propósito. Ainda competi ano passado, mas acho que agora parei de vez, embora minhas amigas e minha família duvidem dessas minhas sapatilhas aposentadas (risos).

Como nasceu o Grupo Illusion?

Sempre fui apaixonada pela Ginástica, mas ao mesmo tempo via coisas que não concordava nos métodos. Então, fui estudar sobre psicologia e desenvolvimento infantil e buscar maneiras de conectar esses conhecimentos com a GR para que conseguíssemos trabalhar de forma leve e divertida. Foi aí que decidi fundar o Grupo Illusion e criar a nossa metodologia própria, o método Fita Encantada. Costumo dizer que somos uma escola de Ginástica Rítmica com foco no desenvolvimento infantil, tanto cognitivo e afetivo quanto motor. Hoje sou árbitra nacional e Diretora do Grupo, mas não faço tudo isso acontecer sozinha. Tenho uma equipe com excelentes profissionais que dividem comigo o mesmo propósito de trabalho. No Caiçaras, atendemos crianças a partir de 4 anos sob o comando da professora Luiza Dourado.

Como são as aulas?

Nas nossas aulas, trabalhamos coordenação motora, expressão, flexibilidade, equilíbrio, consciência corporal e fortalecimento, e claro, as estrelinhas e cambalhotas que as crianças tanto amam. Mas o trabalho vai muito além da evolução física; desenvolvemos autonomia, autoconfiança, autoconhecimento, socialização e trabalho em equipe.

Elas participam de competições?

No Caiçaras, como as turmas são relativamente recentes, são voltadas à iniciação, onde as crianças são apresentadas à modalidade e participam de eventos no estilo “festivais”, sem cunho competitivo. Mas costumamos acompanhar a necessidade e vontade das nossas crianças. Temos outras alunas que já estão com a gente há mais tempo que estão iniciando no mundo das competições e este ano vão participar, no nível estreante, do Campeonato estadual e de copinhas escolares.

Quais os benefícios da GR?

Os benefícios físicos da GR são muitos e, quando se trabalha com paciência, visando o longo prazo, são maiores ainda. Trabalhando a flexibilidade da forma correta hoje, teremos adultos sem encurtamentos musculares e com articulações mais saldáveis no futuro. Trabalhando fortalecimento muscular, teremos adultos sem dores posturais e diminuiremos as chances de lesões articulares. Para além disso, a GR é uma atividade que desenvolve a agilidade, a coordenação motora e os reflexos.

 

Maria Fernanda Novaes Ferraiolo, sócia do Caiçaras, na apresentação do nosso festival interno do ano passado (Zion Fest)

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